segunda-feira, 2 de julho de 2007

Praça Barão de Guaicuí- Capitulo III


Corte do Ipê florido 22/06/07
A Autorização do Codema, datado de 10 de maio de 2007, diz que:
" Os cortes se fazem necessários, pois a referida Praça está sendo reformada e
as árvores em questão não estão devidamente adequadas ao local
e que de acordo com o projeto paisagístico serão plantadas novas árvores
com indicação técnica."
Eu me pergunto:
Qual projeto paisagístico? Por quem?
Por que não foi mostrado tal projeto no dia da apresentaçaão na Camara Municipal?
Olhando a foto acima, será que não dava para adequar tal projeto paisagístico ao Ipê?
Por um metro a mais no canteiro???
Que paisagista é esse que não leva em conta o que já existe?
Me fez lembrar a história de um fotógrafo que na hora do enquadramento da foto
mandou cortar uma árvore!!!
Pobre civilização!!!
Efeito estufa nela!!!
Bernardo Magalhães

Praça Barão de Guaicuí- Capitulo II
















Corte dos Ipês no dia 22/06/07



“Abraço na Praça”

REPÚDIO AO CORTE DOS COQUEIROS E IPÊS
DA PRAÇA BARÃO DE GUAICUÍ
ESCLARECIMENTOS Á POPULAÇÃO

Para uma “Reforma da Praça Barão de Guaicuí”, o corte das árvores, decisão arbitrária, foi tomada
e autorizada pelo CODEMA – Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente,
sem nenhuma consulta prévia à população, em flagrante contradição com as
leis do Código Florestal Brasileiro.

Baseado em apenas um Laudo Técnico, (outra opinião poderia ter sido tomada), datado de 06 de junho, o CODEMA autorizou em 10 de maio o corte das árvores. O perito propõe o corte dos Ipês e substituição por outros Ipês (???!!!), alegando que as raízes ficaram expostas por causa das obras. Em nenhum momento levanta-se a possibilidade de uma recuperação destas raízes, de curativos reparadores das cascas machucadas, procedimentos simples e de fácil aplicação.

O responsável pelo corte, o CODEMA, não respeitou o parecer técnico que previa que “uma árvore de ipê encontra-se florida, e de acordo com a lei 4.771/65 que estabelece o Código Florestal Brasileiro, neste período, a árvore fica imune de corte”.
Desrespeitando o parecer, o ipê foi cortado no dia 22 de junho.

Porque não se corta uma árvore em flor? Por sua beleza? Não, porque depois das flores vêm os frutos e as sementes que possibilitam sua multiplicação.

Foi encaminhado um pedido de investigação desse crime ambiental ao
Ministério Público de Minas Gerais que aceitou a denúncia e notificou a
Prefeitura Municipal de Diamantina e o IEF para se pronunciarem.

Um crime ambiental foi praticado
Que se punaM os culpados!

Movimento Pelos Direitos das Árvores

Diamantina, 27 de junho de 2007.

Praça Barão de Guaicuí – Capitulo I


















Diamantina, 07 de junho de 2007

Ao Ministério Público de Minas Gerais

Att/ Dr Ary,


Estou encaminhando ao Ministério Público esta documentação, em anexo, referente ao corte das árvores da Praça Barão de Guaicuí, centro Diamantina.

Infelizmente, por motivos de saúde, tive de me deslocar para Belo Horizonte, neste dia 07/06/07, por isso não pude me apresentar pessoalmente.

Mas vamos aos fatos:

- Dia 06/06/07: logo pela hora do almoço, ao passar pela praça do Mercado, fico abismado em ver que os coqueiros e dois ou tres Ipês já tinham sido cortados.

- Logo me perguntei quem havia autorizado esta ação. Fui informado que havia sido o CODEMA, da Secretaria Municipal de Meio-Ambiente.

-Em seguida liguei para o IEF, COPAM e CODEMA e passei pelo Ministério Público.

-A Secretária do MP me informa que eu precisaria de um BO da Policia Florestal.

-Procuro a Polícia Florestal que estava em treinamento, mas fomos orientados a pedir ao responsável pela obra um documento que autorizava o corte.

-A Total Engenharia nos fornece um documento assinado pela Sra. Debora Ramá Pires, Secretária Municipal de Meio-Ambiente.

-Sempre acompanhado pela PM fomos ao gabinete da Secretária que confirma a autorização.

-Pergunto então em que fatos ela havia se baseado para tomar tal decisão. A resposta foi que havia sido feito um laudo técnico e que eu poderia ter acesso a este documento. E que tudo havia sido aprovado pelo IPHAN, Projeto MONUMENTA e CODEMA. Para ter acesso ao laudo ela precisava de uma solicitação por escrito.

-Decido ir ao IPHAN: o responsável está viajando...

- Vou ao Projeto Monumenta. Ao chegar um dos responsáveis, o Engenheiro Carlos, já sabia dos acontecimentos e me diz que o laudo já estava chegando que eu poderia esperar.

-Quando li o laudo vejo que ele tinha sido feito no próprio dia 06/06/2007, e a autorização de corte das árvores, assinado pelo CODEMA é datado de 10/05/2007. Ou seja o CODEMA assinou um corte sem o laudo.

-O laudo, assinado e datado pelo Dr. Israel Marinho Pereira, da UFVJM, é uma peça que chega às raias do cômico. Cortar Ipês para plantar Magnólias-amarelas!!! Trocar Ipês por Ipês!!!

-Todas as imagens mostradas indicam claramente que todas as árvores poderiam ser recuperadas.

- Os coqueiros, com mais de 80 ,anos, não foram poupados. O Ipê em flor, como assinalei na foto, é poupado por uma lei do Código Florestal Brasileiro, como o Engº Florestal Dr. Israel Marinho Pereira indica em seu laudo... Mas depois que as flores , as sementes caírem, tudo bem, pode cortar.

-Até lições de paissagismo o Dr. Israel aconselha.

-Um laudo somente? Sem direito a contestação?


Finalizando,

Na condição de cidadão diamantinense, residente`a Rua Arraial dos Forros, 365, Tel 3531 7349, venho por meio dessa solicitar ao Ministério Público as providências necessárias à conservação das árvores da Praça Barão de Guaicuí.


Bernardo Magalhães

Anexos:
  1. Laudo técnico para substituição de espécies
  2. Autorização do CODEMA
  3. Solicitação de documento
  4. Recibo dos documentos