sexta-feira, 11 de maio de 2007

E a TV Diamantina?



Toda a cidade se via, se reconhecia: “ Eu te vi ontem na TV.”
As emissões eram ao meio-dia reprisadas às 18:00hs.


Um telejornal até bem feitinho, com entrevistas, reportagens.
A equipe da TV Diamantina, depois abandonados à sua sorte, tendo de brigar na justiça por seus direitos trabalhistas, circulava pelas ruas.
Corriam para sede, ali no casarão da Praça Barão de Guaicuí,
para e edição final. E ao meio-dia interrompiam a Rede Minas e entravam no ar.
Era muito legal.

Conseguiram até alguns anunciantes, tipo apoio cultural, já que neste tipo de emissora é proibida a veiculação de propaganda.

O que será que aconteceu?
Uma TV é poderosa, muda a cabeça das pessoas, ganha eleição...
Dizem que a Fundação que detém a autorização do Ministério das Comunicações, passou de mão em mão, o que é proibido.
Não seria o caso de acionar o Ministério Público para saber o que está acontecendo?
Afinal é uma concessão pública de interesse da comunidade.

quarta-feira, 9 de maio de 2007

A Dança como introdução social




Alimento da alma, essa que nos alimenta: a arte, a cultura.

Como disse alguém, Nelson Rodrigues(?), “quando falam em cultura eu tiro o cheque.”
Alguns, mesmo sem o cheque, fazem cultura, produzem arte.
É o caso de Robson Dayrell e seu grupo de dança “Primeiros Passos”.

Já teve um grupo de meninas da sociedade.
Já foi solista do Corpo de Baile do Teatro Municipal do Rio de Janeiro, já se apresentou em Santiago do Chile e estagiário no Municipal de Stutgart na Alemanha.

Hoje com uma seleção de meninos e meninas da rede pública municipal,
selecionados em teste por suas habilidades, ou capacidade para a dança.
Ele insiste, desde 2004, navegando ao sabor de falta de espaço,
falta de um comprometimento sério da Prefeitura e falta de grana.

No paiol, ele consegue ver o diamante.
São meninos e meninas a quem se apresenta um mundo novo:
o da criação artística, ampliando o conhecimento,
desenvolvendo as relações e a auto-estima.

O trabalho final foi apresentado, dentro do espetáculo “Diamantina Dança Encena”,
junto com o Balé do Conservatório, o Grupo Indaiá, Os Magrinhos e o Hip Hop do Ponto de Cultura com o apoio da Ação Cultural da Fevale de Márcia Betânia.

Com música de Marlos Nobre, figurinos e maquiagem de Jú Cirylo, coreografia de Robson, foi minimalista, concreto. Por isso mesmo um desafio ao grupo, que entendeu a proposta coreográfica, difícil, com poucos movimentos, intimista.